O número de ações por falta de pagamento da taxa de condomínio no primeiro semestre deste ano mais que triplicou em relação ao ano passado, mostra levantamento do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), realizado no Tribunal de Justiça do Estado São Paulo.
De janeiro a junho, foram protocoladas 6.059 ações, uma alta de 226,5% em comparação ao mesmo período de 2016, quando foram ajuizadas 1.856 ações na cidade de São Paulo.
Para o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato, Hubert Gebara, os números confirmam a tendência de alta para este ano.
Ele atribui o aumento ao novo Código de Processo Civil, que agilizou a cobrança judicial.
“Com a entrada em vigor do novo Código, o síndico passou a ter uma nova ferramenta para auxiliá-lo no combate à inadimplência e, consequentemente, no equilíbrio do caixa do condomínio”.
O número mostra também que os impactos da retração da economia na renda e no emprego continuam afetando a saúde financeira das famílias.
Pontualmente, no mês de junho, houve uma diminuição no número de ações em relação ao mês anterior. Foram 1.351 processos, 5,2% a menos que os 1.425 ajuizados em maio.
Já comparado ao mesmo mês do ano anterior, quando houve o registro de 92 processos, o aumento foi de 1.368%.
Gebara reforça a necessidade de síndicos e administradoras continuarem as negociações de cobrança.
“A ação judicial deve ser o último recurso utilizado pelo condomínio, antes, deve ser tentado até a exaustão um acordo amigável, muito mais vantajoso para ambas as partes”, afirma.